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Arquitetos: MOATTI-RIVIERE
- Área: 3884 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Michel Denancé
Tornar habitável: do monumental ao íntimo
Como colocar humanos de volta em uma arquitetura de escritório pré-fabricada?
Como oferecer a cada habitante a individualidade da fachada repetitiva dos anos setenta?
Como transformar um edifício duro de escritórios em residências personalizadas?
Aqui, o lugar é estratégico: ao sul, no Quai des Carrières, a estrada A4 e seu ruído muito forte, mas também as belas vistas distantes do Sena.
Ao norte, o coração da ilhota, com suas vistas sobre a vila Bergerac.
A transformação manteve o espírito do local ao mesmo tempo que otimiza os atributos residenciais entre as vistas distantes e a domesticidade do coração da ilhota.
As duas orientações do edifício oferecem, assim, duas formas de vida. Côte Quai, apartamentos individuais com vistas à vegetação distante e, no centro do lote, a privacidade de um jardim no pátio.
Do repetitivo ao individual: os apartamentos do Quai des Carrières
Para receber o novo edifício, redesenhou-se a fachada do cais de Carrières, de 260 metros de comprimento e orientada ao sul.
Os modelos pré-fabricados de concreto foram preservados e as janelas existente foram eliminadas.
Uma nova fachada de concreto foi posicionada a 70 centímetros da fachada existente. Seu acabamento em revestimento de madeira tem um papel ativo na sensação de domesticidade transmitida pela fachada.
Este encolhimento regula as contribuições solares (pelo efeito da brisa solar gerada pelo existente), além de dar uma nova identidade ao edifício pela profundidade e pelo limito aleatório das unidades após a demolição de um grande número de elementos pré-fabricados de concreto.
Com o objetivo de cumprir regulamentações acústicas, as janelas para a rua, em alumínio, foram equipadas com triplo envidraçamento.
A vegetação da fachada é possível graças à sua orientação, mas também pela regularidade com que é regada graças à recuperação das águas pluviais nos terraços.
O jardim no coração da ilhota
No lado do pátio, um princípio simples da demolição na parte norte, desenha um novo centro da ilhota. Assim, foi otimizada a distribuição das residências, o vis-à-vis entre as fachadas e as contribuições solares, mas também a instalação de um jardim coletivo.
Foram plantadas espécies de plantas com um crescimento médio (2,5 metros no máximo) para filtrar as vistas sem reduzir as contribuições solares.
Os apartamentos no térreo possuem pequenos terraços que se abrem ao jardim.
As fachadas, feitas em madeira com isolamento exterior, foram decoradas com varandas para cada uma das residências. Os painéis receberam acabamento em alumínio lacado em bronze.